9º Congresso Brasileiro de Educação Especial

O IX Congresso Brasileiro de Educação Especial (IX CBEE) / XII Encontro Nacional dos Pesquisadores da Educação (XII ENPEE) é uma proposta conjunta da Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial – ABPEE, e do Programa de Pós-Graduação em Educação Especial – PPGEES da Universidade Federal de São Carlos- UFSCar.

O evento é uma ação importante para estimular a produção científica nessa área, divulgar o conhecimento que vem sendo produzido, promover o intercâmbio entre pesquisadores e profissionais, e atender às demandas emergentes por novas práticas decorrentes das diretrizes políticas educacionais de inclusão escolar e acessibilidade adotadas pelo país.

A ABPEE foi criada em 13/08/1993, na cidade do Rio de Janeiro e conta atualmente com cerca de 300 afiliados. Trata-se de uma sociedade civil de direito privado, sem fins lucrativos, que tem por objetivo congregar pesquisadores da área de Educação Especial, promover ou apoiar conclaves científicos, cursos de aperfeiçoamento e especialização, em parceria com universidades; e manter um veículo de publicação visando à disseminação e a socialização do conhecimento científico na área de Educação Especial.

Em 1992 a ABPEE criou um periódico da área, a Revista Brasileira de Educação Especial, atualmente classificada no Qualis/CAPES, com o conceito periódico A1. A partir da regularização de seu periódico, a ABPEE ao completar seus 15 anos de existência, ousou investir em novas metas e promoveu, juntamente com o PPGEEs da UFSCar, seu primeiro evento científico de âmbito nacional, que foi o I Congresso Brasileiro de Educação Especial realizado, no ano de 2003 e desde então se tornou parceira em todas as sete edições anteriores dos CBEE.

O histórico do PPGEEs de promover eventos na área de Educação Especial teve seu início em 1982, com a realização do primeiro da série denominada “Ciclo de Estudos sobre Deficiência Mental”, que era a princípio um espaço interno de intercâmbio interno entre alunos e docentes. Durante a década de 80 os ciclos passaram a atrair cada vez os mais pesquisadores e profissionais da área, de todo o país, o que denunciava a falta de espaços suficientes para discussões sobre a Educação Especial nesse período.

Atendendo a demanda constatada, o PPGEEs optou por socializar o evento, e os “Ciclos de Estudos sobre Deficiência Mental” passaram a se configurar num importante espaço para o intercâmbio científico no país. Embora a relevância dos eventos científicos em Educação Especial tenha se ampliado ao longo dos anos, a partir da 8ª versão do ciclo, realizada em 1995, o PPGEEs teve dificuldade em obter financiamento das agências e a organização dos ciclos foi temporariamente suspensa.

A partir de 2003, a ABPEE e o PPGEEs se uniram para instalar um espaço de intercâmbio científico específico na área, e juntos promoveram O “I Congresso Brasileiro de Educação Especial/I Encontro da Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial”. Desde então foram realizadas sete edições do evento, todas no campus da Universidade Federal de São Carlos, nos anos de 2005, 2008, 2010, 2012, 2014, 2016 E 2018.

Baixe ou Acesse os Anais das Edições precedentes (link)

Em relação à última edição do evento, público do VIII Congresso Brasileiro de Educação Especial foi de 1963 inscritos, com 1364 inscrições efetivadas, sendo a maioria declarada como Estudantes/Professores da Educação Básica/Sócios da ABPEE, além de 318 como profissionais e público geral. Dentre os participantes, 37 declararam ser pessoa com deficiência, sendo 15 surdos ou pessoas com deficiência auditiva, 15 pessoas com deficiência visual e sete pessoas com deficiência física.

O público total (1364) era, majoritariamente, do sexo feminino (88%), proveniente de mais de 200 cidades brasileiras, representando quase todas as unidades federativas brasileiras (com exceção do Acre). Os dez estados com maior público foram: SP (457); PR (120); RJ (107); RS (104); PA (103); MG (95); BA (452); MS (45); AM (30) e SC (28). Além de disso, 10 inscritos foram provenientes de outros países (Espanha, Holanda, Estados Unidos, Portugal, França, Itália e Moçambique).

Vale destacar que das 1364 inscrições efetivadas, cerca de 250 delas foram isentas de pagamento, ou porque os inscritos eram convidados, ou por serem de alunos da UFSCar membros da comissão organizadora. Após avaliação por pares, os coordenadores de eixo realizaram a avaliação e consolidação dos pareceres, sugerindo modificações, aprovando ou reprovando os trabalhos submetidos ao evento. Importante ressaltar que, para serem aceitos, os trabalhos deveriam ter no mínimo dois pareceres favoráveis à aprovação. De um total de 1.017 trabalhos submetidos, 793 (80%) foram aprovados e 224 (20%) rejeitados. Dos trabalhos aprovados, 463 compuseram as 123 sessões de comunicação oral; 160 configuraram-se como pôster – pesquisa em andamento; e 168 foram apresentados na modalidade de pôster – relato de experiência.

Foram convidados 123 pesquisadores, sendo 11 estrangeiros, 30 da UFSCar (27 docentes e três em estágio pós-doutoral) além de 109 provenientes de outras instituições brasileiras. Os 11 estrangeiros eram provenientes da Espanha, Itália, Portugal, Holanda, Estados Unidos, França e Cuba. Os 109 pesquisadores nacionais convidados eram provenientes de 45 universidades, além de outros órgãos.

Assim, os resultados da oitava edição do evento, evidenciaram a consolidação do CBEE e o fato de que este vem cada vez mais se tornando num dos mais importantes fóruns de intercâmbio entre profissionais que atuam em Educação Especial na atualidade em nosso país.

O objetivo geral desta nova edição, pela primeira vez em formato totalmente online, na perspectiva da acessibilidade digital, será o de promover um fórum próprio para a área de intercâmbio entre profissionais que atuam em Educação Especial (pesquisadores, políticos e prestadores de serviços) para debater questões que viabilizem formas de pensar e agir com maior eficiência nesta área. Os objetivos específicos do evento serão:

1. Divulgar e avaliar o conhecimento produzido na área no âmbito nacional
2. Disseminar as derivações práticas, através da transferência de tecnologia do atual estágio do conhecimento em diferentes áreas das consideradas deficiências, altas habilidades/superdotação e transtornos globais do desenvolvimento;
3. Proporcionar um fórum de integração entre a produção do conhecimento e a prática junto ao público alvo da Educação Especial.
4. Promover um intercâmbio entre pesquisadores nacionais e internacionais.
5. Oportunizar formação continuada para os envolvidos.